Bandeira de Mello participou na manhã de hoje do evento em comemoração aos dez anos do Profut, Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro, promovido pela OAB-RJ. Um momento especial de reflexão sobre o papel transformador que esse programa teve no futebol brasileiro e, em particular, na história recente do Flamengo.
“Como ex-presidente do clube, vivi na prática o impacto positivo e profundo do Profut. Quando assumi a presidência, o Flamengo enfrentava uma das piores crises financeiras de sua história. Dívidas impagáveis, receitas comprometidas, salários atrasados e uma credibilidade abalada dentro e fora de campo. Era preciso coragem e responsabilidade para reconstruir o clube, e o Profut teve um papel determinante para essa virada de chave.
O programa representou muito mais do que um refinanciamento de dívidas: estabeleceu uma nova cultura de gestão no futebol brasileiro, baseada em transparência, responsabilidade fiscal e planejamento de longo prazo. Esses princípios foram o alicerce da reconstrução do Flamengo. Com disciplina, reorganizamos as finanças, equilibramos as contas e criamos uma base sólida para investir de forma sustentável: para recuperar a credibilidade, depois para voltar a ser competitivo e, por fim, para se tornar um modelo de gestão reconhecido no Brasil e no exterior.
A virada do Flamengo é, em grande parte, uma prova viva de que o Profut deu certo. O clube deixou de ser um símbolo de desorganização para se tornar referência em profissionalismo e eficiência. Essa transformação não aconteceu da noite para o dia: exigiu decisões duras, enfrentamento de resistências e uma mudança de mentalidade. Mas o resultado está aí: títulos, estrutura, base fortalecida e uma administração que inspira outros clubes.
Dez anos depois, o Profut continua sendo um marco. Ainda há muito a aprimorar, é verdade, mas sua essência precisa ser preservada. O futebol brasileiro só será verdadeiramente sustentável quando todos os clubes compreenderem que paixão e profissionalismo não se excluem, pelo contrário, se completam”, declarou Bandeira de Mello.

