O Jornal Folha de São Paulo noticiou esta semana que um Estudo encomendado por Bandeira de Mello ao Ipea revelou que a destinação das emendas tem mais conexão com os interesses pessoais e políticos dos parlamentares do que com política pública de verdade.
Na análise preliminar, o estudo concluiu que há “evidencias robustas” da influência das emendas sobre o voto. O instituto também avalia que, nos últimos anos, elas vêm sendo usadas principalmente para atender interesses individuais, com foco em ganhos eleitorais.
“No início do meu mandato, em 2023, encomendei ao Ipea um estudo para entender melhor o impacto real das emendas parlamentares no Brasil. Minha preocupação era, e continua sendo, avaliar a qualidade desses recursos e garantir que eles gerem retorno econômico e social, e não apenas dividendos eleitorais.
A análise preliminar confirmou o que já era perceptível: as emendas têm sido usadas, majoritariamente, para fins eleitorais, e não como instrumentos eficazes de política pública. O Ipea identificou evidências robustas da influência dessas emendas sobre o voto, com pouca ou nenhuma comprovação de melhora na qualidade de vida da população.
A ideia é usar os dados como ferramenta para tomar decisões mais responsáveis sobre a alocação de recursos. Ao final da pesquisa, vamos publicar um livro com os resultados, um passo importante para aumentar a transparência e qualificar o debate sobre o orçamento público”, afirmou Bandeira de Mello.
