Projeto de Lei do deputado federal Bandeira de Mello, que sugere pena maior para quem manipular resultados foi destaque no jornal O Globo, na coluna Panorama Esportivo. Leia a seguir a matéria:

O deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB/RJ), ex-presidente do Flamengo, apresentou nesta quarta-feira à Câmara, um projeto de lei para alterar o Estatuto de Torcedor e majorar a pena daqueles que participarem da manipulação de resultados de partidas. O artigo a ser alterado é o 41-E, que trata sobre “Fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”.

O texto original da lei prevê prisão de dois a seis anos, além de multa. A proposta de Bandeira de Mello é que haja um acréscimo de 1/3 a metade da pena, caso os envolvidos sejam atleta profissional, árbitro, árbitro auxiliar ou árbitro de vídeo.

Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/panorama-esportivo/post/2023/02/hoje-deputado-ex-presidente-do-flamengo-sugere-pena-maior-para-quer-manipular-resultados.ghtml

Saiba mais sobre o projeto:

Bandeira de Mello quer pena maior para atletas profissionais e equipes de arbitragem que manipularem resultados de jogos

O deputado federal Bandeira de Mello (PSB-RJ) apresentou o Projeto de Lei nº 515/23 que aumenta a pena de atletas profissionais e equipes de arbitragem de campo e de vídeo que estiverem envolvidos com manipulação de resultados dos jogos. O texto altera o Estatuto do Torcedor, que prevê a penalidade de 2 a 6 anos, para aumentá-la de ⅓ a metade, nesses casos específicos.

“O objetivo da proposta não é criminalizar jogadores e árbitros, apenas lembrar do poder de influência e decisão que eles possuem no decorrer das partidas e, em caso de malfeito, criminalizar tal conduta”, afirmou Bandeira.

A indústria de apostas esportivas no Brasil atrai cada vez mais público. Estudo da Fact.MR mostra que o mercado de apostas deve crescer 10,3% entre 2022 e 2023, sendo o futebol a modalidade que recebe o maior número de apostas. A explosão das apostas fez crescer o número de jogos suspeitos de manipulação. Segundo a empresa Sportradar 1, em 2022 o número de jogos suspeitos chegou a 123 no Brasil e passou de mil em todo o mundo, pela primeira vez na história.

Bandeira de Mello citou em sua justificativa o caso da “Máfia do Apito”, nome dado ao esquema de manipulação de resultados de partidas válidas pelo Campeonato Brasileiro da Série A, em 2005. Os árbitros Edílson Pereira e Paulo Fenelon manipularam resultados para beneficiar um apostador em jogo eletrônico.

E o problema não fica restrito ao futebol masculino. Em junho de 2022, o presidente do Santos-SP, Andrés Rueda, comunicou que um funcionário do clube tentou subornar uma jogadora do Bragantino-SP em confronto realizado pelo Campeonato Brasileiro Feminino.

“As apostas esportivas atualmente vão além de tentar adivinhar o resultado de uma partida. Elas permitem apostar, por exemplo, qual time de futebol teve mais escanteios em um jogo ou até qual equipe receberá um número específico de cartões amarelos. A falta de regulamentação do setor ainda deixa lacunas que precisam ser preenchidas”, disse o parlamentar. Ele complementou que as apostas chegaram para ficar e que é necessário que a legislação esportiva se adeque a esse novo comportamento da sociedade.

Regulamentação:

Está na pauta do Senado o Projeto de Lei nº 442/91 que regulamenta os jogos de apostas no Brasil. O líder do PSB na Câmara, Felipe Carreras (PE), foi relator da proposta na Câmara.

Segundo o socialista, a regulamentação pode garantir aportes de R$ 2 bilhões para o esporte. “O projeto vai trazer benefícios arrecadatórios e injetar recursos para o desenvolvimento de políticas públicas de estados e municípios.”

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