Fiquei muito feliz com os resultados da pesquisa do Atlas e com a demonstração de carinho da torcida do Flamengo. No entanto, a decisão de não concorrer à presidência do Flamengo já está tomada. Entendo que já cumpri minha missão durante meus 6 anos na presidência e que hoje seria impossível dar ao Flamengo a dedicação integral que marcou minha passagem pelo clube. Como deputado federal, tenho responsabilidades que extrapolam a função de mandatário do clube, inclusive em aspectos ligados ao esporte, como minha atividade na presidência da Frente Parlamentar pela modernização do futebol brasileiro.
Mas jamais abandonarei o Flamengo. Pretendo participar da próxima eleição apoiando um candidato que comungue dos meus princípios e valores e que esteja inserido num grupo determinado a trabalhar para resgatar para o Flamengo o profissionalismo e a impessoalidade. Apesar de muito diferente do cenário que encontrei em 2013, o próximo presidente terá pela frente desafios que vão muito além dos resultados do futebol ou da construção do estádio. É preciso acabar de uma vez por todas com o amadorismo, modernizar o estatuto do clube, reestabelecer princípios básicos de governança e voltar a pensar no Flamengo além dos muros da Gávea.
Precisamos de um presidente que privilegie a gestão estratégica participativa, a prevalência dos legítimos interesses do Flamengo sobre interesses e vaidades pessoais e que tenha coragem para enfrentar desafios na área da sustentabilidade e da responsabilidade social, agindo inclusive para minimizar e evitar danos de imagem e reputação. Alguém com essas características certamente fará com que o Flamengo maximize suas vitórias e títulos esportivos, sem sacrificar nossa saúde financeira.
Tudo isso com humildade, sem arrogância, sem perseguições nem demonstrações de falta de respeito e de educação.
O atual cenário das eleições do Flamengo apresenta duas chapas compostas por pessoas que comandaram o clube juntas nos últimos 5 anos e somente uma que representa uma real oposição. Examinando os atuais postulantes à presidência do Flamengo, não tenho dúvidas de que somente um candidato está verdadeiramente comprometido com essas ideias e possui os valores e qualidades necessários para enfrentar esses desafios.
Por isso, decidi apoiar meu amigo Maurício Gomes de Mattos e me colocar à disposição para ajudá-lo na campanha e na gestão.
Eduardo Bandeira de Mello