Há tempos, o jogador brasileiro Vinicius Jr. tem sido vítima de ataques racistas durante os jogos do Real Madrid (Espanha). Um dos melhores jogadores do mundo, um menino simples que vive a melhor fase da sua carreira, é constantemente humilhado dentro de campo pela cor da sua pele. Vini Jr. é alvo de oito dos nove ataques racistas registrados pela LaLiga.

Dia 21 de maio presenciamos o absurdo dos absurdos: Vini Jr. foi expulso da partida contra o Valencia após reclamar dos xingamentos racistas proferidos pela torcida. O Presidente da LaLiga, Javier Tebas, não se solidarizou com o atleta. Pelo contrário, atacou Vini Jr. pelas redes sociais. Já o técnico do Valencia, Rubén Baraja minimizou os ataques racistas contra Vini Jr, dizendo que “Nada deve nos distrair da nossa felicidade”.

Não há felicidade onde um jogador sai de campo chorando por ser chamado de Macaco, recebe um mata-leão e é expulso do jogo por pedir que algo seja efetivamente feito. Infelizmente, na Europa, o espaço de manifestação durante os jogos se tornou um ambiente hostil e racista, onde a livre manifestação do ódio conta com a conivência dos cartolas.

No Brasil, o parlamento tem responsabilidade. A Comissão de Esporte e a Subcomissão Especial Pela Modernização do Futebol se posicionam em prol do desenvolvimento da boa governança dos Clubes. Uma nova governança que preconize boas práticas de administração, com especial atenção às questões ligadas à responsabilidade social, ambiental e diversidade.

Desta forma, nos posicionamos em defesa do futebol – dentro e fora de campo – que deve ser tratado com seriedade e respeito aos jogadores e torcedores. Um dos maiores patrimônios culturais do Brasil não pode ser um ambiente hostil, onde imperam o racismo, a intolerância e a impunidade.

Eduardo Bandeira de Mello

Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados
Subcomissão Especial pela Modernização do Futebol

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